quarta-feira, 8 de novembro de 2023

"Geografia da Bahia

               A Bahia, localizada no nordeste do Brasil, é conhecida por sua beleza natural, praias deslumbrantes e cultura rica. Suas praias, como Porto Seguro, Morro de São Paulo e Praia do Forte, encantam os visitantes com suas águas cristalinas e areias douradas. A culinária baiana é famosa por pratos como acarajé, moqueca e vatapá, que são uma explosão de sabores. O artesanato baiano é marcado pela diversidade cultural, com destaque para as esculturas em madeira, cerâmica, renda e bordados. A Bahia é um lugar encantador e cheio de vida!

     

                                    


Possui saída para o Oceano Atlântico a leste, sendo o litoral mais longo de toda a faixa costeira brasileira, com 932 km. O estado faz fronteira:

Ao Norte, com o Piauí e Pernambuco;

Ao Nordeste, com Alagoas e Sergipe;

Ao Sul, com o Espírito Santo e Minas Gerais;

Ao Oeste, com Goiás e Tocantins.

A maior parte do território baiano integra a sub-região do Sertão nordestino, que abrange suas terras centrais e oeste. Uma estreita faixa a leste faz parte do Agreste, que consiste em uma área de transição para a Zona da Mata, a qual compreende todo o litoral do estado.

Clima da Bahia

Dois tipos climáticos são predominantes na Bahia. O primeiro é o semiárido, que ocorre na região central (com exceção das áreas mais elevadas) e parte do oeste do estado. Esse clima é caracterizado pelas altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar, com precipitação irregular e um período de estiagem geralmente nos meses de inverno. As chuvas se concentram no verão, com média anual em torno de 800 mm.

O clima tropical ocorre principalmente no leste da Bahia, marcado também pelas elevadas temperaturas anuais e por um maior índice de umidade, sobretudo no litoral. A precipitação média anual varia entre 1.200 e 1.600 mm. Em algumas cidades costeiras, esse valor pode superar os 2.000 mm.





                                                  Geografia da Bahia

Relevo da Bahia

Os planaltos e as depressões são as formas de relevo predominantes na Bahia, o que confere à maior parte do estado cotas altimétricas superiores a 300 metros.

Conforme a classificação de Jurandyr Ross, o oeste baiano e parte do norte integram a Depressão Sertaneja e do São Francisco, a leste da qual se estendem os Planaltos e Serras do Leste-Sudeste. Ficam nesse domínio os terrenos mais elevados do estado, com destaque para a Serra do Espinhaço e a Chapada Diamantina. Nesta está situado o ponto culminante da Bahia e do Nordeste: o Pico do Barbado, a 2.033 metros acima do nível do mar. Na faixa leste, por fim, temos as Planícies e Tabuleiros Litorâneos.

Vista do Morro do Pai Inácio, na Chapada Diamantina.





Vegetação da Bahia

O estado integra três biomas: Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga. Este recobre pouco mais de 62% da Bahia, sobretudo nas áreas centrais e ao norte, sendo caracterizado pela vegetação formada por árvores caducifólias (que perdem suas folhas na estação seca), arbustos e gramíneas.

O Cerrado se estende pelo oeste baiano, enquanto a Mata Atlântica ocupa a faixa leste, próximo ao litoral. Em determinados pontos das áreas úmidas litorâneas, encontra-se a formação pioneira, marcada pela presença de mangues, restingas e floresta aluvial.


 

                               





Hidrografia da Bahia

O sistema de drenagem da Bahia pertence às bacias do São Francisco e do Atlântico Leste. Os principais rios do estado são: São Francisco, Paraguaçu, Corrente, de Contas, Jequitinhonha, Grande, Pardo, Itapicuru.

Mapa 



Demografia da Bahia

A Bahia tem uma população de 14.930.634 habitantes, conforme as estimativas do IBGE para 2020, sendo o 4º estado mais populoso do Brasil, com 7,1% da população nacional e 26% da Região Nordeste. A densidade demográfica do estado era de 24,82 hab./km² à época do censo de 2010. Levando em consideração os dados atualizados de área e população, tem-se uma distribuição de 26,43 hab./km².

A maior parcela da população baiana vive nas cidades. A taxa de urbanização da Bahia é de 72,02%, conforme os números do censo de 2010. Salvador é o município mais populoso do estado e a quarta capital em população do Brasil, reunindo 2.886.698 habitantes. Na sequência, está Feira de Santana, que possui 619.609 moradores. Destacam-se ainda Vitória da Conquista, Camaçari e Itabuna.

Dados de 2019 mostram que 57,6% dos baianos se autodeclaram pardos; 22,5%, negros; 18,7%, brancos; e 1,2%, indígenas. Além disso, a maior parcela da população baiana é do sexo feminino.

A expectativa de vida ao nascer é de 74,2 anos, mais baixa do que a média brasileira.

Divisão geográfica da Bahia

O IBGE adota, desde 2017, a divisão dos estados brasileiros por regiões geográficas imediatas e regiões geográficas intermediárias. Os 417 municípios da Bahia foram agrupados em 34 regiões imediatas, as quais, por sua vez, conformam 10 regiões intermediárias. São elas:




Salvador

Santo Antônio de Jesus;

Ilhéus – Itabuna;

Vitória da Conquista;

Guanambi;

Barreiras;

Irecê;

Juazeiro;

Paulo Afonso;

Feira de Santana.

Economia da Bahia

Com Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 286,2 bilhões, a economia baiana é a maior da Região Nordeste e a sétima do Brasil. O valor é equivalente a 4,1% do PIB nacional e 28,5% do regional. A maior parcela da economia baiana é oriunda do setor terciário, correspondente ao comércio e aos serviços, seguido da indústria e da agropecuária.

O setor secundário é liderado pela indústria de transformação, com destaque para a petroquímica. A Bahia responde por 9,8% da produção nacional de petróleo (refino), o que coloca o estado na terceira colocação entre os produtores brasileiros. A indústria de transformação do estado é composta ainda pela produção de alimentos, papel, celulose, borracha e plásticos.

A agropecuária tem a soja como carro-chefe, seguida do algodão e do milho. Esses cultivos se concentram nos municípios do oeste do estado (Barreiras, São Desidério, Luís Eduardo Magalhães), área que integra a região produtiva do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). O estado é também o segundo maior produtor de frutas do país, principalmente banana, manga, laranja e mamão. Além disso, detém grande rebanho de ovinos, seguido do rebanho bovino e de galináceos.

Governo da Bahia

O governo da Bahia consiste em uma democracia representativa. Eleições estaduais são realizadas periodicamente, em um intervalo de quatro anos, para que a população possa eleger seus governantes. O Poder Executivo é liderado pelo governador estadual, enquanto o Legislativo é formado por 3 senadores, 39 deputados federais e 63 deputados estaduais.

Bandeira da Bahia




Infraestrutura da Bahia

As rodovias são os principais meios de conexão entre os municípios baianos e entre o estado e as demais unidades da federação. Uma delas é a BR-101, que se estende por todo o litoral leste brasileiro. Destacam-se ainda a BR-116, BR-234, BR-407 e BR-242. Considerando as vias federais, estaduais e municipais, o estado conta com mais de 124 mil quilômetros de rodovias.

A Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) é uma das mais importantes do estado, ligando-o às regiões Sudeste e Centro-Oeste. Encontra-se em fase de construção a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), que fará a integração do Tocantins com o Porto de Ilhéus, que é o principal porto graneleiro da Bahia. Compõem a estrutura portuária do estado os portos de Salvador e Aratu, além dos terminais privados. As chegadas e partidas por via aérea se dão principalmente nos aeroportos de Salvador, Porto Seguro e Luís Eduardo Magalhães.

A matriz energética da Bahia é formada, em sua maioria, por fontes renováveis. Além da hídrica, com destaque para o complexo hidrelétrico de Paulo Afonso, o estado responde por 32% da energia solar e 29,5% da energia eólica produzidas no país.




Cultura da Bahia

O estado da Bahia é detentor de uma rica cultura, formada a partir da influência indígena, europeia e, principalmente, africana. Tais aspectos são evidenciados nos costumes do dia a dia, na gastronomia, nas danças e festas populares, na música e até mesmo na religiosidade. Além da fé cristã, notadamente católica, destaca-se a grande presença das religiões de matriz africana no estado, como (mas não somente) o candomblé e a umbanda.


Entre as danças e os ritmos característicos, temos a capoeira e o maculelê. Ainda na música, nomes de projeção nacional e estilos variados têm suas raízes na Bahia, como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Raul Seixas, Maria Bethânia, Ivete Sangalo, Gal Costa, Dorival Caymmi e muitos outros. João Gilberto, considerado pai da bossa nova, também nasceu no estado. Na literatura, destacam-se autores como Jorge Amado e João Ubaldo Ribeiro. O geógrafo Milton Santos é de origem baiana.


O Carnaval de Salvador é um grande atrativo turístico e uma das festas mais populares do estado. Algumas celebrações de cunho religioso que reúnem anualmente inúmeros fiéis são a Lavagem da Escadaria de Bonfim, a Festa de Iemanjá e a Festa do Nosso Senhor dos Navegantes.



A típica culinária baiana inclui pratos como o acarajé, o bobó de camarão, o vatapá, a moqueca baiana, o quindim e o mungunzá.



A Lavagem das Escadarias de Bonfim reúne milhares de fiéis anualmente na capital, Salvador. [1]

História da Bahia

O atual território baiano foi o primeiro local onde os portugueses se estabeleceram quando chegaram ao Brasil, no ano de 1500. Foi em Porto Seguro, no litoral sul, que a expedição de Pedro Álvares Cabral desembarcou em 22 de abril daquele ano. A nova terra foi batizada de Vera Cruz. Pouco tempo após a descoberta, novas expedições foram realizadas, e o povoamento da região começou a ser realizado a partir de 1534.

A atual capital baiana, Salvador, foi fundada pelo então governador-geral do Brasil, Tomé de Souza, no ano de 1549. A cidade se tornou a primeira capital do Brasil, condição essa que permaneceu até 1753, quando houve a transferência para o Rio de Janeiro. Quando aconteceu a definição da sede do governo, as terras brasileiras já haviam sido divididas em capitanias hereditárias, ficando a Bahia subdividida em outros cinco territórios.

A economia baiana à época era essencialmente voltada para a exploração do pau-brasil e para a produção açucareira, utilizando-se de mão de obra escravizada. Sua decadência se deu com a transferência do centro político da colônia para o Rio, que coincidiu, ainda, com o florescimento da economia aurífera. Esse foi um dos motivos que levaram à Revolta dos Alfaiates ou Conjuração Baiana em 1798, que reuniu as camadas populares e parte da elite.


No século XIX, a Bahia foi palco de outros conflitos políticos e sociais de grande relevância para a sua história. São eles a Revolta dos Malês, de 1834, e a Guerra de Canudos, que aconteceu entre 1896 e 1897.

 


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Chapada Diamantina e suas Serras