quarta-feira, 15 de novembro de 2023

Ecologia da Chapada Diamantina Bahia


                             

Ecologia


A Chapada Diamantina configura-se em verdadeiro oásis em meio à caatinga possuindo, além desse 

bioma, elementos de campos rupestres, cerrado e floresta decidual  "Num ambiente tão amplo e longe 

de ser explorado totalmente, pesquisadores do Ministério do Meio Ambiente catalogaram 854 espécies da 

flora e 506 da fauna – 55 mamíferos –, com destaque para a onça-pintada e o guigó-da-caatinga". 




Flora


A vegetação chapadense é considerada de "mosaico", por sua enorme variedade. Como afirmam 

SANTOS 

et al., "Diferentes tipos de vegetação coexistem em pequenas áreas, condicionadas por pequenas 

variações litológicas, topográficas, hidrológicas e microclimáticas. 

                              


                                 



Em geral, as principais formações vegetais encontradas na Chapada Diamantina são: "campo limpo", 

"campos rupestres" (campos rupestres), "campos gerais" (campos campestres), cerrado vegetação) e 

"matas ou floresta estacional" (florestas ou mato ou floresta caducifólia) (...) Existem também zonas de 

transição com características próprias onde coexistem espécies de dois ou mais ecossistemas" 





Fauna

Mico na região central da Chapada
Geco-de-dedos-nus do Vanzolini, fotografado em Mucugê.


A região possui espécie endêmicas únicas, muitas delas 

apenas recentemente descobertas e descritas, como 

o Geco-de-dedos-nus do Vanzolini, pequeno réptil listrado 

de hábitos noturnos nomeado em homenagem a Paulo 

Emílio Vanzolini. 

Em cavernas como a Gruna das Cobras e Gruna da 

Parede Vermelha pesquisadores têm encontrado 

espécies 

únicas, como a nova espécie de aracnídeo 

(Tmesiphantes 

hypogeus sp. nov.) nelas localizada e considerada a 





primeira espécie de tarântula troglóbia do 

Brasil,  a Caverna do Criminoso que é habitat de duas 

espécies de peixes troglóbios da 

família Copionodontíneos (bagres). ou ainda a Gruna 

do Cantinho onde, em 2012, pesquisadores encontraram pequenas centopeias (lacraias)" pela primeira vez e, em 

novas pesquisas, foi identificada nova espécie cavernícola que foi batizada de Scolopocryptops troglocaudatus. 


Ameaças aos ecossistemas


                          

                               



Como afirmam SANTOS et al., o fogo está presente nas atividades tradicionais da região da Chapada, até 

mesmo no interior do Parque Nacional, e "No Brasil, pouco se sabe sobre a dinâmica das queimadas em 

regiões como a Chapada Diamantina, onde predominam os "campos rupestres", visto que a deflagração 

de queimadas neste ecossistema pode ser um distúrbio natural, e a atividade humana tende a aumentar a 

repetitividade e extensão desse fenômeno. No caso do PNCD, alguns estudos apontam para o fato de que, 

embora a área de conservação tenha sofrido incêndios florestais após sua implantação, algumas regiões 

do parque não são afetadas por incêndios há muitos anos. Em 2015 o Parque Nacional da Chapada 

Diamantina foi devastado por vários incêndios que duraram quatro meses, de setembro a dezembro, 

período típico de incêndios na região". 


                      


Áreas de proteção ambiental


O território da Chapada possui diversas áreas de proteção ambiental instaladas e outras, como os 

geoparques, projetadas.


Dentre as existentes estão o Parque Nacional da Chapada Diamantina, e parte da Floresta Nacional 

Contendas do Sincorá, mantidos pelo governo federal, as estaduais Área de Proteção Ambiental Gruta dos 

Brejões - Vereda do Romão Gramacho, a Área de Proteção Ambiental Marimbus-Iraquara, a Área de 

Proteção Ambiental da Serra do Barbado e a Área de Relevante Interesse Ecológico Nascentes do Rio de 

Contas, e também o Parque Estadual Morro do Chapéu 


                               


                               



 Parque Estadual das Sete Passagens. Na esfera municipal existem o Parque Natural Municipal do Morro 

do Pai Inácio, o Parque Natural Municipal do Boqueirão e o Parque Natural Municipal do Riachinho (em 

Palmeiras), o Parque Natural Municipal da Muritiba (mais conhecido como Serrano, em Lençóis), o Parque 

Municipal da Serra da Santana (em Piatã), o Parque Municipal Natural da Serra das Almas (em Rio de 

Contas), o Parque Municipal de Mucugê (nesta cidade, com o Museu Vivo do Garimpo, o Parque Natural 

Municipal do Espalhado (em Ibicoara) ou ainda o Monumento Natural da Cachoeira do Ferro Doido (em 

Morro do Chapéu).




Parque Nacional da Chapada Diamantina

Parque Nacional da Chapada Diamantina (abreviado como 
nal brasileiro criado em 17 de setembro de 1985 através do 

decreto federal 91.655,[55] com uma área de 152 mil hectares na 

região central da Chapada Diamantina, distribuído pelos 

municípios de Lençóis, Mucugê, Ibicoara, Andaraí e Palmeiras, no 

estado da Bahia.[56][57] É administrado pelo Instituto Chico Mendes 

de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). 


Parque Estadual do Morro do Chapéu


Parque Estadual do Morro do Chapéu é um parque estadual no 

estado da Bahia que protege uma área do bioma caatinga que a

briga interessantes formações geológicas e pinturas rupestres pré-

históricas.[59][60] As pinturas das grutas dos Brejões, Boa 

Esperança, Igrejinha e Cristal exigem proteção especial.O 

parque fica no município de Morro do Chapéu, Bahia e tem uma 

área de 46 000 hectares (110 000 acres).O parque fica em um trecho da Chapada Diamantina de 

grande beleza cênica e potencial turístico. O parque contém sub-bacias dos 

rios Salitre, Jacaré, Utinga e Jacuípe. Estes, por sua vez, alimentam os rios Paraguaçu e São 

Francisco. Foram catalogadas 543 nascentes importantes e o local tem potencial para funcionar como 

um geoparque.

 

                                


Área de Proteção Ambiental Marimbus-Iraquara


A Área de Proteção Ambiental Marimbus-Iraquara é uma unidade 

de conservação brasileira do tipo área de proteção 

ambiental (APA) localizada na Chapada Diamantina. Foi criada em 

1993 e sua área abrange partes dos municípios 

de Lençóis, Andaraí, Palmeiras, Iraquara e Seabra, todos no 

estado da Bahia. 

Sua criação foi motivada para proteger as áreas situadas a leste e 

norte do Parque Nacional da Chapada Diamantina, e que foram excluídas de seu perímetro, como 

o Quilombo do Remanso, parte do pantanal de Marimbus, lagoas, rios e matas em área de 

alagadiço situados ao leste daquele parque.





Área de Proteção Ambiental Gruta dos Brejões - Vereda do Romão Gramacho

A Área de Proteção Ambiental Gruta dos Brejões - Vereda do Romão Gramacho é uma reserva 

ambiental localizada na Chapada Diamantina, possuindo uma área total de 11 900 hectares no entorno 

da lapa dos Brejões, tendo sido criada em 1985. 

Localizada na região chamada de Piemonte da Chapada Diamantina, sua área ocupa terras dos 

municípios de João DouradoMorro do Chapéu e São Gabriel, fazendo parte do sistema 

hidrográfico 

da bacia do São Francisco. 

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Chapada Diamantina e suas Serras