domingo, 12 de novembro de 2023

Salvador, e sua história

 

     História

  
                                    


 Salvador  foi fundada pelo primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa, em 1549, por ordem de D. João III, que resolveu ali instalar a sede do governo da colônia a fim de promover seu desenvolvimento e coordenar a defesa contra índios e piratas.

O núcleo original da cidade surgiu na colina da Sé, parte plana do alto da escarpa, e estendeu-se para oeste, até o vale que corresponde à atual Baixa do Sapateiro. No século XVI, Salvador limitava-se à área hoje compreendida entre o Pelourinho e a praça Castro Alves. 



Nessa terra que se tornou a primeira capital do Brasil. Mistura de tradições, história e etnias do europeu, na figura dos portugueses, e mais tarde dos espanhóis, holandeses, italianos, ingleses, alemães, estavam os indígenas de várias nações, dos tupis, tamoios e suas derivações étnicas, primeiros habitantes dessa terra. E mais tarde vieram os negros, na figura de escravos trazidos da África, da Guiné, do Congo, de Angola. E como resultado dessa mistura, a cidade ganhou uma culinária única, uma musicalidade e cultura ímpares, e um sincretismo religioso que não se vê em nenhuma outra parte do mundo.

Uma Salvador dos casarios do Pelourinho, tombado como Patrimônio Histórico, Arquitetônico e Cultural da Humanidade, dos sobrados seculares que misturam os mais diversos estilos, expostos nas igrejas e museus, onde o barroco, o clássico, o neoclássico, o rococó e até mesmo o art nouveau se confundem com o contemporâneo. Onde a arte se manifesta na capoeira angola e regional, mas também no passo cadenciado do Ijexá, imortalizado nas danças de blocos afro como Ilê e Olodum, e de afoxé como o Filhos de Gandhy, que fizeram do nosso carnaval festa ímpar no mundo.

De uma religiosidade em que Deus é também Oxalá e santos católicos, como Santa Bárbara, São Lázaro e São Bartolomeu, também são Iansã, Omulu e Obaluaê, das religiões de matrizes africanas. Onde a Lavagem do Bonfim, iniciada por escravos e escravas africanas, se transformou na maior manifestação de fé católicos e africana, de evangélicos e até mesmo dos que se dizem sem religiões. Onde numa missa pode-se ouvir o som de atabaques, timbales e agogôs num mesmo espaço, em plena harmonia de fé e religiosidade. Mostrando a dimensão do sincretismo não apenas religioso, mas também cultural e histórico.

É essa Salvador, com três tipos de orla -Atlântica, da Baía de Todos os Santos e do Subúrbio Ferroviário -, onde se come acarajé com Coca Cola, e onde as sextas-feiras é dedicada à comida baiana, de uma infraestrutura moderna, com o metrô ligando o aeroporto ao centro da cidade, modernas avenidas, e com o maior conjunto arquitetônico colonial do País, plenamente conservado, que faz 472 anos.



Uma Salvador, como em todo o País, que mantém firmes os protocolos de segurança sanitária para combater o Coronavírus, e que só aguarda o fim da pandemia para retomar a sua pujança como um dos destinos turísticos mais procurados pelos brasileiros e por bia parte dos estrangeiros.

De máscaras, com álcool gel e mantendo um distanciamento social seguro, todos nós cantamos: “Parabéns pra você, nessa data querida….”


                                        

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